quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Mar



À minha frente vejo as ondas rebentarem umas atrás das outras, sinto o cheiro do mar e sinto o meu corpo a relaxar, a libertar-se do stress que nos últimos tempos me têm afetado. Fecho os olhos e penso como seria se eu fosse uma onda, como seria se eu vivesse no meio do vasto oceano que se estende à minha frente. Tento imaginar como seria viver sem contacto humano, sem a tecnologia, sem a rotina, sem o stress... Talvez tivesse a vida facilitada, talvez deixasse de ser "assaltada" por todos estes sentimentos, talvez tivesse paz...
Sozinha na praia deixo todas as minhas angústias e os meus medos virem ao de cima... Cai uma lágrima... E outra... E outra... Sinto-me leva a cada lágrima que deixo cair, a cada medo que vem ao de cima... Deixo que o mar puxe tudo aquilo que não quero ter comigo...
O mar... A areia... O som das ondas... O pôr do sol... Levanto-me e viro costas a tudo o que me deixa angustiada... O mar levou tudo...
Regresso à realidade e deixo um sorriso crescer na cara... Estou mais leve sem dúvida.

Rita Garcia

Do silêncio às cores.

O silêncio da escrita é o silêncio da alma e eu definho perante tal silêncio. Prefiro o caos do pensamento ao esfumar das ideias; a calúnia de frases mal escritas e raciocínios incompletos à hesitação da minha mão; mais que tudo, prefiro gritar na agonia das palavras que morrer no vazio de uma página em branco.
Porém, ainda assim, morri.


24 de Outubro de 2012 – 10:56
Hoje, renasci. Aos berros e encraves como uma criança, a minha alma retoma a mão que abandonara, deixando-a expectante de ordens e desordens de correntes disléxicas de pensamentos fragmentados, ainda em convalescença do choque de a alma nova e irrequieta não ter mantido a promessa de ficar e evoluir, antes fugir aos compromissos do cérebro e deixar o coração a sangrar emoções que afinal deveriam ser ideias. Mas como, se o coração apenas bate emoções? Ao cérebro com alma é que cabe o papel dessa façanha única!
Mas não interessa, não importa… não quero saber porque tu voltaste. Voltaste! É altura de nos unirmos e profanarmos o mundo correto com o nosso caos que, no final, é mais significativo para ele do que para nós.

Andreia Pimenta

Exclamação

Voai desejos (!)
Pois a felicidade vos delonga.
A espera terminou.
O caminho começou
numa esperança atribulada.

Depressa! Depressa!
O tempo não aguarda,
chegados ou não
vocês, desejos incertos,
em concretos se tornarão.

E mortais nascerão
ocultados em feitos.
E por isso repito:
Voai desejos, voai!

Andreia Pimenta

Achava...



Achava que tu eras daqueles que não preciso apagar, daquelas chamadas das quais jamais pensaria rejeitar, das mensagens com as quais, agora... sonho acordar!
Sim... Achava... Achava que o teu, o meu, o nosso olhar, dizia tudo, sem pronunciar.
Esses olhos... Que em pouco tempo me conquistaram, são também a minha lembrança, hoje... quando os meus insistem em chorar...
Esses lábios, que no meio de uma ciumeira, me arrancavam os melhores beijos... São também a razão pela qual, os meus secos, racharam...
Esse teu corpo, que permanecia junto ao meu... como se de um só corpo se tratasse... É a razão do meu frio esta noite...
Achava eu...
Que essas tuas palavras, em tempos... doces, jamais se iriam tornar hoje, na maior das minhas amarguras...
Achava sim, que o mundo... naquele exacto momento podia parar, porque eu não pedia mais nada...
Queria apenas ali ficar, deitada, contigo, a pensar que tu vias tudo isto nos meus olhos, sem eu precisar... alguma vez... de achar...

Laura Marques

Ainda não acabou



Conjugar o verbo "amar"?
Não tenho tanto para te dar.
Dizer-te tudo?
Ias fazer-te de surdo.

Fiz tudo por ti,
aceitei que não estavas aqui,
que ela ganhou,
apesar do que nos juntou.

Agora sei que errei
ao questionar o que sentia,
o que dizia,
e o que, por ti, lutei!

Patrícia Pinto

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Olá!

Neste dia chuvoso de Outubro, nós, uns aspirantes a escritores e uns amantes de literatura, decidimos dar a conhecer as nossas criações literárias e divulgar os grandes autores nacionais.
Somos alunos da Escola Secundária do Castêlo da Maia, do 11º ano de Literatura Portuguesa.
Esperamos que mostrem a vossa opinião e reação quanto às nossas criações e nos ajudem a divulgar este projeto.


Os alunos do 11ºF